Dois meses depois
Acordei com o coração acelerado, mesmo sem pesadelos. A claridade suave da manhã entrava pelas frestas da cortina, iluminando o quarto em tons dourados. Max ainda dormia ao meu lado, respirando profundamente, o rosto mais calmo do que eu me lembrava de já ter visto.
Virei de lado, olhando pra ele por um instante. Aquela versão dele, tranquila, vulnerável... era quase cruel. Porque enquanto ele parecia em paz, eu sentia como se tivesse um redemoinho dentro de mim.
O enjoo da noite passada... o enjoo do dia anterior. A dor de cabeça. A exaustão. Tudo começava a formar um desenho incômodo na minha mente.
E foi aí que me dei conta.
Menstruação.
Meus olhos se arregala