Ele continuou parado à minha frente, os olhos presos em mim como se buscassem respostas nas entrelinhas do meu silêncio.
— Me fala o que tá acontecendo — disse, mais baixo dessa vez, a voz grave deslizando como um comando disfarçado de pedido.
Desviei o olhar de novo, mexendo em papéis só pra fazer alguma coisa com as mãos.
— É só impressão, Max. — Dei de ombros. — Tá tudo bem.
— Não, não tá. — Ele se aproximou, contornando minha mesa devagar, até estar ao meu lado. — Desde que chegamos, você tá diferente.
Fiquei quieta. Sabia que se abrisse a boca naquele momento