CAPITULO 32

ALESSANDRO

Não demorou muito depois que Chiara deixou a mansão para que meu instinto me obrigasse a agir.

Isabella fingiu estar tranquila, mas eu vi — no olhar dela, na rigidez dos ombros — que algo naquela visita a havia perturbado. E o pior é que eu também senti.

Chiara não apareceu ali por acaso.

Peguei o paletó, ajeitei o relógio e desci.

Ela ainda não tinha deixado o portão. O carro preto dela estava estacionado ao lado da calçada, o motorista distraído, mexendo no celular. Bati na janela. Ela se assustou, mas abriu o vidro.

— Alessandro… — forçou um sorriso — que surpresa. Achei que não fosse nem se despedir.

Inclinei-me, apoiando uma das mãos na porta.

— Você não costuma aparecer sem um motivo, Chiara. Então, vamos direto ao ponto. Quem te mandou?

Ela piscou, fingindo confusão.

— Mandar? Ninguém me mandou. Estava com saudades, só isso. Ou agora é crime visitar velhos amigos?

Amigos.

A palavra me soou tão falsa que quase me fez rir.

— “Velhos amigos” n
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