CAPÍTULO 31

ISABELLA

Como uma premonição, o dia amanheceu estranho. O tipo de silêncio que antecede a tempestade. Os bebês dormiam tranquilos, e o sol filtrava-se pelas cortinas do quarto — calmo demais para a vida que eu levava.

Ouvi o portão se abrir, passos apressados, e uma voz feminina sendo recebida por alguém da segurança. O tom — doce demais, educado demais — já me alertou: problemas de salto alto.

Ajustei o robe de seda, prendi o cabelo e desci as escadas.

Ela estava lá.

Alta, magra, envolta num vestido de grife que provavelmente custava o mesmo que um carro. Perfume francês, salto caro, olhar frio. Um contraste gritante com o ambiente acolhedor que eu chamava de lar.

— Quem é você? — perguntei, sem alterar o tom, mas deixando claro que ela estava na minha casa.

A mulher sorriu, inclinando levemente a cabeça.

— Ah... então é você. Precisava ver com os meus próprios olhos se era verdade. O Ale... abrigando uma selvagem. — A
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