Ernesto girou lentamente a taça em mãos, observando Amanda como se estivesse diante de uma joia rara e perigosa. Depois de um gole discreto de vinho, inclinou-se levemente na direção dela:
— “Seu noivo é um homem de sorte... em ter uma dama tão dona de si.”
Antes que Amanda respondesse, João interveio com firmeza, mas sem agressividade:
— “Sou sim. Tenho orgulho da minha noiva. Muito mais do que sorte... eu tenho consciência do valor dela.”
Aleksei sorriu de lado, com aquele típico ar russo de quem sabe muito mais do que diz. Seus olhos faiscaram ao mirar Amanda.
— “Então vocês assumiram... oficialmente?” — indagou, a voz como um sopro de provocação elegante.
Amanda ergueu o queixo suavemente, o olhar firme, direto — como se dissesse ao mundo que não devia satisfações.
— “Sim. Não há por que esconder. A sociedade sempre vai falar... de um jeito ou de outro. E eu não me importo com o que ela pensa.”
O silêncio foi denso por alguns segundos, até José erguer a taça, com um sorriso meio d