Os corredores da empresa se tornaram novamente silenciosos quando os irmãos Duarte e Bruno retornaram do almoço. A presença de Amanda, embora ainda não oficializada como diretora, era sentida por todos — como se o ar mudasse de temperatura com sua simples passagem.
Assim que chegaram ao andar executivo, Amanda virou-se para João com o olhar firme.
— "Preciso falar com você... a sós."
João arqueou uma sobrancelha, um leve sorriso brincando nos lábios.
— "Então minha senhora... vamos até minha sala."
Ela não respondeu com palavras, apenas caminhou à frente com a elegância afiada que a tornava inconfundível.
Já dentro da sala de João, Amanda não esperou que ele se acomodasse. Fechou a porta, virou-se para ele e disparou:
— "Tem gente rondando a fazenda. Ontem à noite, um dos meus homens identificou movimentação suspeita no lado norte. Acredito que seja gente do tio Carlos. Ele está tentando algo... e está desesperado."
João se manteve em silêncio por um instante, observando cada palavra