A caminhonete preta de João parou diante de um galpão de segurança reforçada, escondido atrás de árvores densas e vigilância discreta. Amanda desceu primeiro, os cabelos presos em um coque firme, os olhos gelados como aço. João a seguiu sem dizer nada — ele sabia que, naquele momento, Amanda precisava ser ouvida.
Os seguranças abriram os portões sem uma palavra. Lá dentro, o ar estava pesado. Valéria, sentada numa cadeira simples no centro da sala, levantou os olhos assim que ouviu os passos.
Amanda se aproximou com calma, mas com a presença de quem domina tudo. Valéria tentou manter a altivez, mas sua postura dizia o contrário.
— Valéria — Amanda começou com a voz firme, cortante —, sua estadia aqui terminou.
Valéria arregalou os olhos, surpresa.
— Vai me soltar? — perguntou, desconfiada.
— Não pense que é por compaixão — Amanda respondeu. — É por estratégia. Eu não preciso mais de você aqui. Mas vou te dar um único aviso.
Ela se aproximou, tão próxima que Valéria sentiu o perfume el