Amanda Duarte

Varanda da sede – Mesmo fim de tarde.

João estava ao lado de Clara, mas seus olhos vagavam, inquietos. O vento trazia um pressentimento antigo. Aquela dor atrás do peito — que ele aprendera a calar — voltou com força.

E então ela apareceu.

Amanda.

Não era mais a mesma. Era mais. Mais mulher. Mais firme. Mais distante. Seus cabelos, soltos ao vento, pareciam tecido de ouro antigo. Os olhos azuis — aqueles que um dia haviam se voltado para ele com ternura — agora eram puro gelo.

Ela subia os degraus com um porte de rainha exilada que retorna ao palácio.

Mas não era isso que o feria.

Era o homem ao lado dela.

Bruno.

Alto, elegante, o olhar atento. Como se a escoltasse. Como se fosse dele a responsabilidade de protegê-la — ou pior, como se fosse dele o privilégio de merecê-la agora.

João sentiu o estômago contrair. Um nó se fez na garganta, mas ele não podia demonstrar. Clara estava ao seu lado. E todos olhavam.

Amanda não parou. Não hesitou. Passou por ele... como quem não via.

Mas ele a
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