Sala de jantar – Sede da Fazenda Duarte
A mesa estava impecável. Louças de porcelana azul-cobalto, taças de cristal limpo como a primeira neve do inverno, talheres de prata realinhados com obsessiva perfeição. Uma lareira crepitava em um canto, mas o verdadeiro calor da sala... estava longe de vir do fogo.
Amanda entrou.
Vestida como quem sabia seu lugar no mundo — e que o lugar era no topo. O casaco pendia de seus ombros como uma capa de rainha. Os cabelos estavam soltos, dourados como trigo sob o sol do leste. Seus olhos, azuis e gelados, atravessaram a sala com a precisão de uma lâmina.
Ao seu lado, Bruno.
Alto, loiro como o ouro de velhas coroas eslavas. Olhos verdes que contrastavam com a dureza de sua expressão. Trajava um terno cinza-escuro, sem exageros, mas cortado com perfeição. Era impossível não notá-lo.
Todos os olhos voltaram-se para eles — como se uma tempestade tivesse acabado de cruzar a porta.
José foi o primeiro a se levantar, o sorriso genuíno, como o de um irmão m