Matilha Lua Vermelha – Meia noite.
Catorze horas desde o sequestro.
O chão da floresta estava revolto, marcado por pneus e pegadas. A equipe de busca vasculhava o perímetro em silêncio, lanternas cortando o escuro. Felipe caminhava à frente, o olhar fixo, o semblante devastado.
André o acompanhava pelo rádio, direto da central de operações instalada na matilha. Arthur estava ao lado dele, observando os monitores. Rafael trabalhava com a equipe técnica, cruzando imagens e registros.
— Nenhum sinal térmico. — informou Rafael. — A área está limpa. Eles sumiram como se nunca tivessem estado aí.
Felipe respirou fundo, tentando conter o tremor das mãos.
— Então procure de novo.
— Já vasculhamos o perímetro inteiro, Felipe. — disse André, a voz firme, mas contida. — Nem vestígio de rota.
Felipe fechou os olhos, lutando contra o desespero.
— Eu não a sinto, André. — murmurou, e as palavras pareciam arranhar por dentro. — Eu sei que ela está viva, mas… eu não a sinto.
O silêncio que