Matilha Lua Vermelha – 20h.
Dez horas desde o desaparecimento de Alice.
A sala principal da matilha era um reduto de caos controlado.
Mapas projetados nas paredes, rádios abertos, ordens rápidas ecoando entre o som metálico de teclas e vozes tensas.
Felipe estava de pé, os olhos fixos nas telas.
Cada minuto que passava sem resposta era gasolina sobre o fogo que ardia dentro dele.
Tentava respirar, mas o ar parecia denso, pesado demais.
— Dez horas. — disse, a voz rouca. — Dez horas e nada.
André mantinha-se ao lado, tentando manter a calma.
— As equipes estão espalhadas. Liandra lidera o grupo do norte, Carlos o do oeste. As duas unidades de elite cobrem o entorno do Lago Michigan.
Felipe fechou os punhos. — E nenhum sinal?
— Ainda não. — respondeu André.
O som seco do punho de Felipe batendo na mesa fez o ambiente silenciar.
Arthur, o pai, se aproximou, firme, com o olhar sóbrio.
— Filho, agora é hora de estratégia, não de raiva.
Felipe respirou fundo, o