Uma semana e meia havia se passado.
Estavam em Viena para resolver pendências da nova rota de exportação da Rurik Motors. O dia havia sido cheio: reuniões, jantares com fornecedores e visitas técnicas.
Mas agora, já de noite, estavam os dois na varanda do hotel, bebendo uísque, olhando o movimento da cidade abaixo.
Sasha apoiava os antebraços na sacada, óculos escuros mesmo de noite, como sempre, aquele ar blasé de quem não sente nada.
Alexei se encostou ao parapeito, olhou de canto e soltou, casual, mas certeiro:
— Vai me dizer que esse humor de merda é só por causa do noivado do Dmitry?
Sasha deu um gole no uísque, sem responder.
— Porque se for, você tá se afundando à toa… Sempre soube que ela era dele.
Sasha soltou um riso irônico, balançando a cabeça, mas não disse nada. Alexei insistiu, agora virando o corpo para encará-lo de frente:
— Só que não é por causa da Susan, né?
Silêncio.
Sasha ficou olhando a cidade, apertando o copo com força.
— Você tá me enchendo, Alexei.
— Tô, e