O corredor estava vazio, exceto por eles. Dmitry a observava, parado, os olhos azuis menos gélidos agora, carregando um peso diferente, que nem ele sabia nomear. Susan limpava o rosto discretamente, como se não quisesse que ele visse as marcas do que havia lido.
Ele se aproximou, devagar, como se cada passo fosse medido.
— Eu... — Começou, mas a frase morreu.
Susan o encarou, mas não disse nada. Só esperou.
Ele respirou fundo, desviando o olhar por um breve segundo, coisa rara nele. Quando voltou a encará-la, seu tom era mais baixo.
— Se você quiser ir embora, eu entendo.
Susan franziu o cenho. Sua resposta foi simples, mas firme:
— Não quero.
Ele assentiu. Mas algo no modo como ela falou... Não queria dizer que estava bem. Ela só queria se manter ocupada. E ele sabia disso.
Maldição.
Dmitry abaixou a cabeça por um instante, como se quisesse tirar aquele momento do tempo e arrancá-lo com as próprias mãos.
"Você a expôs. A usou. Mostrou-a como um troféu em pleno cio. Igual àqueles mald