Mortificada de medo, Luísa colocou a mão para trás na intenção de esconder o cartão com o contato da gravadora Aurora Records.
— O que está escondendo? — Ele franziu os olhos.
— Na-nada…
— Não insulte a minha inteligência. — Vencendo a distância, ele a alcançou e tocou em seu punho e tomou o cartão de sua mão. — Por que ligou? — O olhar sombrio a escrutinou. — Já disse que vou te ajudar.
— Está me machucando… — ela puxou o braço para tentar se livrar dos dedos que apertavam o seu pulso.
Don Morano, afrouxou a mão, mas continuou bem próximo.
— Vamos logo! — A lufada morna de suas palavras tocaram a face de Luísa.
Ao saírem pela porta principal, Paolo seguiu até o Porsche Taycan Turbo preto, onde o motorista já segurava a porta aberta. Luísa hesitou. Equilibrando-se no salto alto, caminhou lentamente. O portão da propriedade parecia absurdamente distante.
— Você vai andar bastante até sair da propriedade e encontrar um ponto de ônibus. — Num tom impassível, ele comentou.
— Onde