O sol da manhã invadia o quarto de Dayse com uma suavidade quase mágica, seus raios dourados dançando pelas janelas e tocando cada cantinho do ambiente. Sentada à mesa, ela observava o café da manhã ainda intocado à sua frente. O papel com o cronograma do dia continuava ali, sem mudanças: exames, suplementos, repouso.
Dayse soltou um suspiro longo, os olhos presos nas linhas do cronograma à sua frente, como se cada palavra reforçasse a monotonia que a aprisionava.
Pegou a xícara de café com mãos ligeiramente trêmulas, mas não levou aos lábios. Em vez disso, inalou profundamente o aroma forte e amadeirado, deixando que aquele perfume quente e familiar fosse o único conforto naquele instante de silêncio sufocante.
A luz do sol parecia sussurrar promessas de um dia diferente, mas o papel na sua frente insistia em lembrá-la da realidade.
“Exames, suplementos, repouso”, repetiu em voz baixa, como se essas palavras pudessem ganhar vida e mudar tudo ali.
Porém, naquela manhã havia algo dife