“Às vezes, o que chamamos de autocontrole é apenas a tentativa desesperada de não confessar o quanto já fomos tocadas.” — Diário de D.
No caminho de volta para casa, Enzo não conseguia tirar Dayse da cabeça.
O coração batia descompassado, como se quisesse romper o próprio peito. Ainda trazia nos lábios o calor dos beijos dela — beijos que mais pareciam relâmpagos: doces, ferozes, impossíveis de esquecer.
Ela o havia desarmado. Cada toque incendiava seus sentidos, e ele mergulhava, sem controle, num turbilhão onde não sabia se afundava ou voava.
Minutos antes, sua mente era firme, clara. Agora, era um labirinto. Desejo e razão se encaravam como inimigos silenciosos, travando uma guerra em cada centímetro do seu corpo.
Ele sabia que precisava resistir, manter os pés no chão. Mas como fazer isso, se ela era como um terremoto?
Havia riscos e consequências que poderiam transformar aquele momento de felicidade em um erro irreversível. Mesmo assim, como resistir a uma emoção tão intensa e