“Há olhares que atravessam vidros e distâncias. Alguns me protegem, outros me assombram. Aprendi a diferença pelo arrepio na espinha.” — Anotação de R.
... Dayse e Renata voltariam ao Brasil com intensões distintas: Dayse mantinha a frágil certeza de que seu filho estava vivo e sabia, quase instintivamente, onde e como encontrá-lo. Renata, por sua vez, vivia um luto profundo e silencioso, pois seu filho nunca conheceu a vida ou sonhou seus próprios sonhos.
Renata secou as lágrimas que teimavam em cair, cada gota carregava o peso de um passado que ainda a prendia em suas garras. A dor em seu coração era profunda. Um lampejo de esperança surgiu com a chegada inesperada de Dayse em sua vida.
E... ela não veio sozinha; trouxe consigo uma alegria que parecia impossível, acompanhada por três pequenos guerreiros que, mesmo antes de nascer, enfrentaram o mundo com uma força quase sobrenatural. Quatro, se contar aquele que ficou para trás, cuja ausência ainda ecoava como um sussurro constante