“O trono que se ergue sobre a mentira desmorona com o primeiro sopro da verdade.” — Autor desconhecido
🎵 “Faroeste Caboclo (instrumental)” — Legião Urbana
O relógio antigo da mansão Bellucci marcava quase oito horas da noite. Do lado de fora, a chuva fina cobria os jardins, transformando o gramado num espelho turvo. Do lado de dentro, o salão principal estava aceso como se fosse dia — e tão carregado que o ar parecia mais denso a cada respiração.
Todos estavam lá.
Enzo, sentado à cabeceira da longa mesa de carvalho.
Lorenzo, sentado à sua direita, em sua poltrona adaptada, a postura rígida, imponente.
Theo, sério, ocupando a ponta oposta, com o queixo erguido, os olhos sombrios.
Os outros três irmãos, imóveis como estátuas, formando uma muralha silenciosa.
Victoria entrou com o mesmo salto seguro de sempre, mas agora, observada de perto, era possível notar a tensão no maxilar e o tremor quase imperceptível na mão que apertava a alça da bolsa.
Fora convocada a comparecer na mansão pel