Os dias passaram, e com eles a pressão sobre Dayse só aumentou.
Porém, lá no fundo, ainda permanecia nela uma pequena faísca de esperança. Era um desejo silencioso, mas forte, de escapar daquela rotina imposta.
Exames constantes, dietas severas, uma vigilância obsessiva de cada detalhe — do sono à pressão arterial, da digestão ao humor.
Até mesmo como ela se sentia era registrado, como se fosse apenas mais um dado na lista.
— Você parece mais apática hoje — comentou a enfermeira, anotando algo na prancheta sem nem ao menos parar pra olhar pra ela.
Dayse quase sorriu.
Como se houvesse espaço para emoções ali.
Mas não havia.
Não naquele lugar.
E, principalmente, não para ela.
Na tarde do décimo quinto dia, Dayse finalmente conseguiu um momento de liberdade da vigilância — mesmo que fosse por poucos minutos.
O jardim era seu único refúgio na mansão — o único lugar em que podia sentir que o mundo lá fora ainda parecia existir. A brisa fresca contrastava com o céu nublado, carre