Acordei com o chamado suave de Lorenzo; sua voz era um convite e uma carícia. A noite já começava a cair, e o quarto estava mergulhado em uma penumbra dourada. Ele sorriu ao me ver desperta e, com aquele olhar que me desmontava por dentro, disse:
— Vamos tomar banho, amor.
A água quente caía sobre nossos corpos enquanto nos entrelaçávamos entre beijos e risadas abafadas. O vapor cobria o espelho e o som do chuveiro se misturava à respiração ofegante de Lorenzo.
— Eu preciso ir ao médico, Lorenzo… quero usar algum contraceptivo — murmurei, tentando manter um fio de razão.
Ele riu baixinho, um riso leve e rouco que vibrou contra minha pele, e me puxou de volta para perto.
— O que você quiser, meu amor — respondeu, antes de me beijar novamente, sem dar muita atenção ao que eu dizia, como se nada pudesse interromper aquele instante.
Em seguida, pegou a toalha e começou a me enxugar com cuidado, como se cada toque fosse uma promessa.
Do banho saí renovada, e diante do espelho vesti um vest