Graziela se sentou em uma chaise longue, com aquela elegância natural que parecia fazer parte dela.
— Então vocês estão mesmo namorando? — perguntou, acomodando-se com graça.
— É... acho que sim — respondi, nervosa e um pouco envergonhada.
Ela sorriu, os olhos brilhando com cumplicidade.
— Você é uma mulher de sorte, Clara. Existem poucos homens como Lorenzo no mundo — disse, com a voz carregada de orgulho.
Graziela era exatamente como Lorenzo a havia descrito. Conversamos sobre muitas coisas — sua rotina exaustiva, a infância com o irmão, os traços da vida entre risos e lembranças. Contou-me que Lorenzo sempre fora protetor, mas percebi que evitava tocar no assunto da mãe.
— A sua mãe vem sempre aqui na fazenda? — perguntei, deixando escapar minha curiosidade. Nem o próprio Lorenzo falava muito sobre ela.
— Não... o ritmo dela é outro — respondeu apenas, num tom brando.
— Entendo — murmurei, respeitando o silêncio que se seguiu.
Enquanto conversávamos, Lorenzo surgiu com Harry.
— Vej