~Na voz de Lorenzo ~
Cheguei à loja como uma bala. Clara já não estava mais lá.
— Senhor, ela saiu em um táxi, não conseguimos contê-la — disse Matteo, tenso.
— Você não deveria ter deixado isso acontecer, Matteo! Onde estavam os seguranças quando Beatriz começou a ofender Clara? — minha voz saiu firme, quase um trovão.
Saí em direção ao carro, o coração latejando de raiva e preocupação. Eu só conseguia pensar onde Clara poderia estar.
O carro deslizava pelas ruas enquanto eu discava para ela, uma, duas, três vezes… chamava, mas ela não atendia. A cada toque sem resposta, a minha ira crescia.
Fui direto ao prédio dela. O porteiro confirmou que Clara havia subido, mas recusou-se a me deixar entrar sem autorização. Insisti, mas compreendi — por mais que me custasse — que não adiantaria forçar.
Ele ligou diversas vezes para o apartamento, sem sucesso. Esperei por um tempo, mas, tomado por uma mistura de angústia e fúria, arranquei o carro e segui para o escritório de publicidade onde Bea