Na madrugada, Clara acordou atordoada. Eu ainda estava ali, deitado ao seu lado, observando cada movimento seu no escuro. Seu rosto ainda trazia o cansaço do choro, mas havia algo de doce em sua vulnerabilidade.
Passei a mão em seu cabelo e, depois de alguns minutos em silêncio, falei com calma:
— Clara… quero te tirar daqui por uns dias. Vamos à França, para a fazenda. Lá você vai poder descansar um pouco.
Ela me olhou surpresa, pensativa.
— Lorenzo, eu não sei se devo... — murmurou.
— Vem comigo. — insisti, firme, mas com um tom sereno. — Pegue apenas o essencial. Viajamos hoje mesmo.
Ao nascer do sol, me levantei, vesti-me e fui até o escritório. Alerrandro já me esperava para a primeira reunião do dia.
Expliquei que precisaria me ausentar por um tempo e pedi que ele assumisse os negócios enquanto eu estivesse fora.
— Ficarei em contato nas reuniões mais importantes — garanti, antes de sair.
Quando voltei, Clara já estava pronta, discreta, com uma mala pequena nas mãos.
Peguei sua