CAPÍTULO 18
Na madrugada, Clara acordou atordoada. Eu ainda estava ali, deitado ao seu lado, observando cada movimento seu no escuro. Seu rosto ainda trazia o cansaço do choro, mas havia algo de doce em sua vulnerabilidade.

Passei a mão em seu cabelo e, depois de alguns minutos em silêncio, falei com calma:

— Clara… quero te tirar daqui por uns dias. Vamos à França, para a fazenda. Lá você vai poder descansar um pouco.

Ela me olhou surpresa, pensativa.

— Lorenzo, eu não sei se devo... — murmurou.

— Vem comigo. — insisti, firme, mas com um tom sereno. — Pegue apenas o essencial. Viajamos hoje mesmo.

Ao nascer do sol, me levantei, vesti-me e fui até o escritório. Alerrandro já me esperava para a primeira reunião do dia.

Expliquei que precisaria me ausentar por um tempo e pedi que ele assumisse os negócios enquanto eu estivesse fora.

— Ficarei em contato nas reuniões mais importantes — garanti, antes de sair.

Quando voltei, Clara já estava pronta, discreta, com uma mala pequena nas
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