Chegamos ao hospital. Meus pais estavam conversando com Andrew no corredor, a preocupação evidente no semblante deles. Assim que nos viu, Andrew assentiu e nos conduziu — eu e Calebe — até o quarto onde Clara permanecia.
Ao entrarmos, ela estava ali… exatamente do jeitinho que eu a havia deixado na madrugada. Pálida, serena, imóvel. O contraste entre a fragilidade dela e o emaranhado de aparelhos ao redor partia meu peito.
— Meu Deus… Clara… — sussurrou Calebe, a voz quebrando completamente. As lágrimas já escorriam pelo rosto dele enquanto se aproximava e acariciava os cabelos da irmã com um cuidado quase reverente.
Eu me aproximei também, meu olhar marejado, e toquei o ombro dele num gesto silencioso que dizia: eu estou aqui.
Andrew se posicionou ao lado da cama e falou com a objetividade calma de um médico experiente:
— Eu sei que é um momento muito difícil, mas temos uma evolução significativa. Os parâmetros neurológicos reagiram bem ao tratamento e a redução da hipóxia foi acima