Mundo de ficçãoIniciar sessãoO silêncio no quarto era quase absoluto, quebrado apenas pelo som suave do monitor cardíaco ao lado da cama. Giulia dormia profundamente, as bochechas ainda coradas pela febre que vinha e ia como uma maré inconstante. Eu estava sentada ao lado dela, minha mão pequena sobre a dela. Miguel estava em pé perto da janela, os braços cruzados, o olhar perdido no escuro da noite.
— Eles foram para o hotel — ele disse em voz baixa, como se qualquer som mais alto pudesse acordá-la. — Amanhã voltam cedo. Queriam vê-la antes dos exames.
Assenti. Não falei nada. Tinha uma sensação pesada no peito, uma mistura de dor e medo. A conversa com os médicos, o nome da doença, as palavras ainda ressoando na minha mente:







