A porta da sala de reuniões se fechou atrás de mim com um clique abafado. O som deveria ter me trazido alívio — mais um compromisso encerrado com sucesso — mas tudo o que senti foi o peso crescente do cansaço. Passei a mão pelos cabelos, desfazendo o nó da gravata, e fui direto para o corredor que levava à minha sala.
— Senhor Navarro? — A voz de Mariana, uma das assistentes, me interceptou antes que eu girasse a maçaneta. — Desculpe interromper, mas... a babá da sua filha está na recepção.
Parei no mesmo instante.
— Isabella? — perguntei, sentindo um frio súbito percorrer minha espinha. — Aconteceu alguma coisa com Giulia?
— Não, senhor... Pelo menos, creio que não. Tentei dizer que ela poderia voltar mais tarde, mas ela insistiu. Está bastante... abalada.
Não hesitei. Meu corpo agiu antes que minha mente acompanhasse.
— Mande-a subir. Agora. — Entrei na sala, a adrenalina disparando no peito.
Tentei manter a calma enquanto me dirigia à janela, mas não consegui. Algo estava errado. Mu