As mãos de Giulia tremiam, e eu não sabia dizer se era pelo frio da noite ou pelo peso do que estávamos sentindo. Ela ainda tinha aquele olhar que me tirava o ar, meio culpado, meio faminto, como se quisesse fugir e, ao mesmo tempo, se jogar nos meus braços.
— Você sabe que eu não consigo… — ela começou, mas a voz se perdeu quando minha mão deslizou lentamente por sua coxa.
O calor da pele dela queimava sob meus dedos. Eu não conseguia parar. Cada centímetro que subia, cada respiração presa entre nós, era um desafio silencioso. Giulia mordeu o lábio, e eu senti o mundo inteiro estreitar até caber dentro daquele instante.
Inclinei meu corpo para frente, forçando-a a se encostar mais . Com um movimento firme, enlaçei suas pernas na minha cintura. Ela arquejou, surpresa, mas não me afastou. Pelo contrário — as mãos dela agarraram minha camisa como se não quisessem nunca me soltar.
O beijo veio como se estivéssemos nos afogando e precisássemos desesperadamente de ar — quente, intenso, fam