Cheguei no meu apartamento e larguei as sacolas na sala como se fosse Natal e eu tivesse acabado de chegar da casa do Papai Noel. O silêncio ali dentro parecia esperar pela chegada de algo… ou melhor, de alguém.
Comecei pelo bercinho. Tirei as peças da caixa com cuidado, como se fossem frágeis, mesmo sabendo que não eram. O tecido ainda tinha aquele cheiro de novo, misturado com um leve aroma de algodão. O manual estava lá, mas eu nem precisei olhar muito — era fácil de montar. Em poucos minutos, o bercinho já estava montado, encostado perto da janela, onde a luz da manhã entrava suave. Coloquei uma das mantas dobrada e ajeitei um pequeno travesseiro de bebê.
Depois organizei o kit de fraldas e lenços em uma prateleira baixa. Lavei as mamadeiras novas, deixei secando na pia. No tapete de atividades, pendurei os sininhos e fiquei balançando-os, imaginando Serena rindo.
Por um instante, parei e fiquei olhando para tudo. Um canto da minha casa que agora tinha o cheiro e a forma de um lar