Eu não sabia exatamente o que esperar do apartamento de Noah. A última vez que tinha estado lá, antes de tudo mudar, era só um espaço criativo, cheio de telas inacabadas, pincéis espalhados e aquele cheiro inconfundível de tinta misturado a café. Um estúdio, com um mezanino onde ficava a cama dele, a cozinha integrada e um sofá gasto que, na época, era mais um depósito improvisado de quadros do que um lugar para sentar.
Mas agora, quando ele abriu a porta e me deixou entrar, minha boca se abriu num pequeno “ah” silencioso.
Ainda era o mesmo estúdio, sim, mas… diferente. Havia cores novas ali — não nas paredes, mas nas coisas pequenas que eu nunca teria imaginado ver no espaço dele. Um tapetinho de bebê colorido no canto, com bichinhos pendurados. Um carrinho dobrado encostado na parede. Uma poltrona de amamentação novinha ao lado de uma luminária de luz suave.
E, por toda parte, caixas abertas com peças que ele claramente ainda estava montando. Sobre a mesa, um kit de mamadeiras recém