Dirigi em silêncio até o prédio de Giulia, o coração ainda leve pelo que tínhamos vivido na galeria. Ver Serena brincar entre pincéis, ouvir suas risadinhas ecoando no meu ateliê… parecia um sonho que eu nunca quis acordar.
Quando estacionei, ajudei Giulia com a cadeirinha e carreguei Serena no colo até a porta do apartamento. A rua estava silenciosa, iluminada pelos postes amarelados, e por um instante senti como se estivéssemos em nosso próprio mundo.
— Obrigada por hoje — Giulia disse, segurando a bolsa da bebê no ombro e sorrindo com aquele cansaço que só ela conseguia transformar em beleza.
— Eu que agradeço — respondi, sentindo o peso gostoso da filha contra meu peito. — Foi o melhor dia que eu tive em muito tempo.
Ela sorriu tímida e pegou Serena nos braços, e eu sabia que se ficasse mais um segundo ali, ia querer entrar e nunca mais sair. Então apenas dei um passo para trás.
— Boa noite, Giu.
— Boa noite, Noah.
Esperei até que ela entrasse no prédio antes de voltar para o carr