O caminho até o restaurante pareceu curto demais. A cidade seguia viva ao redor, mas para mim, tudo estava silencioso. Cada palavra da médica ainda ecoava dentro da minha cabeça, misturada ao barulho do motor e ao ritmo acelerado do meu coração.
Noah estacionou em frente a um restaurante espanhol de fachada charmosa, com toldos vermelhos e mesas na calçada decoradas com vasos de lavanda. Ele saiu primeiro e abriu a porta para mim, sempre gentil, como se quisesse me lembrar que estava ali, que não ia mais a lugar nenhum.
Sentamos em uma mesa nos fundos, mais reservada, e o garçom trouxe os cardápios. Eu tentei focar nas opções, mas a comida parecia distante. Tudo o que eu conseguia pensar era na possibilidade de Serena estar doente, na fragilidade da minha pequena e na culpa esmagadora que ameaçava me sufocar.
— Giu… — A voz de Noah quebrou meu devaneio. — Eu sei que você está preocupada.
Assenti devagar, apertando os lábios.
— Eu não consigo parar de pensar… e se for mesmo isso? E se