Eu já estava na cafeteria antes dela chegar. Escolhi uma mesa no canto, perto da janela, onde a luz suave da manhã passava filtrada pelas gotas de chuva. O cheiro de café fresco e pão de canela enchia o ambiente, aquecendo o peito de um jeito estranho, quase familiar.
Quando a porta abriu e o sino tilintou, meus olhos foram direto para ela. Giulia ajeitava o cachecol com uma mão enquanto segurava o celular na outra. Era engraçado como ela sempre parecia tão distraída com o mundo ao redor, e ao mesmo tempo tão presente.— Bom dia — falei quando ela se aproximou, levantando levemente a mão em cumprimento.— Bom dia — ela respondeu com aquele sorriso que parecia iluminar até os dias mais cinzentos de Londres.Ela tirou o casaco e se acomodou na cadeira à minha frente. Pedi dois cappuccinos antes que ela pudesse abrir o cardápio.— Então, já sobreviveu à primeira semana oficial de aulas? — perguntei, apoiando o cotovelo na mesa.Giul