Narrado por Gregório
A mensagem chegou pela manhã, enquanto eu treinava tiro no bunker subterrâneo. Um dos meus homens entrou, hesitante, com o celular estendido.
Homem: Senhor… é Marcelo.
Peguei o telefone, ainda com o cheiro de pólvora nas mãos, e li o conteúdo com atenção.
“Me encontre. Local neutro. Mosteiro desativado. Meio-dia. Temos algo pra resolver.”
Não havia xingamentos. Nenhuma acusação direta. Mas estava claro.
Ele vinha pra guerra.
Me afastei da linha de tiro, tirei o colete tático e entreguei o celular de volta ao homem.
Gregório: Triplica a segurança. Chama o Levan, o Caspar e o Vinko. Eles vêm comigo.
Homem: Reforço aéreo?
Gregório: Drone com visão térmica. Dois no perímetro. E quero o padre Vladislav no canal de escuta. Se for uma armadilha… o inferno se abre.
Homem: Sim, senhor.
Ele saiu apressado. E eu fiquei ali, sozinho, olhando para o alvo furado de balas.
Não era preciso muito pra entender.
Marcelo estava transtornado.
E se ele queria me ver em um lugar isolado