Ava
O sol mal tinha subido e já tinha barulho de corda batendo na academia.
Cissa era pontual como um relógio suíço e animada como se tomasse café com glitter.
Ava: — Bom dia, Cissa…
Cissa: — Bom dia, princesa! E trouxe companhia hoje?
Maya: — Eu mesma. Mas já tô arrependida.
Cissa: — Vai se arrepender só até os primeiros trinta segundos. Depois você vai me amar — ou me odiar com carinho.
A gente riu e começou.
Primeiro, corda. Depois abdominais, com Maya choramingando a cada repetição. Cissa corrigia nossa postura, ria dos nossos comentários e dava força sem forçar. Ela era o tipo de mulher que parecia mãe, professora e melhor amiga numa só versão.
Depois da última série na esteira, Cissa olhou pra gente e disse:
Cissa: — Vocês estão ficando afiadas. Isso vai ser perigoso.
Maya: — Já sou perigosa de língua. Agora vou ser de corpo.
Ava: — E eu vou ser noiva com bunda durinha.
As três gargalharam juntas.
Saímos da academia suadas, mas de alma lavada.
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Depois do banho, fomos direto a