Ava
A viagem pro chalé tinha sido mágica. Daquelas que deixam perfume na pele mesmo depois do banho. Voltei pra casa com o coração leve, o corpo cansado de tanta felicidade e a certeza de que, pela primeira vez na vida, eu era amada do jeito certo.
Gregório estava no volante, com uma mão dirigindo e a outra segurando a minha. Ele parecia tão em paz quanto eu, cantando baixinho uma música antiga no rádio enquanto a estrada passava devagar pela janela.
Ava: “Queria morar naquele chalé.”
Gregório: “A gente pode ir sempre que quiser. Mas tem um lugar onde eu quero morar com você pra sempre.”
Ava: “Qual?”
Gregório: “Dentro da sua risada.”
Eu ri, óbvio. Aquele tipo de riso bobo e apaixonado, que sai antes da resposta.
Ava: “Você é muito brega.”
Gregório: “E você gosta.”
Ava: “Gosto demais.”
Chegamos em casa no fim da tarde. A Cessi veio correndo abrir a porta, cheia de sorrisos e novidades. A Maya tinha deixado flores com um bilhete fofo, e o armário da cozinha estava recheado com as novas