Ava
Acordei com o cheiro de pão quentinho vindo da cozinha. Quando abri os olhos, a luz do chalé já invadia tudo com aquele tom dourado de filme romântico. Gregório não estava na cama, e eu ouvi uns barulhos abafados vindo lá de fora.
Me enrolei num roupão e fui espiar pela janela.
E lá estava ele: descabelado, de moletom cinza, tentando acender uma fogueira pequena do lado de fora, com uma cesta de piquenique já montada e uma cara de quem tava se esforçando muito.
Ava: “Você tá tentando cozinhar ou colocar fogo na floresta?”
Gregório olhou pra mim e riu.
Gregório: “Tô tentando preparar o melhor café da manhã da sua vida. Mas a lenha não colabora.”
Ava: “Ou talvez o lenhador que seja meio preguiçoso.”
Gregório: “Vem aqui e fala isso mais perto.”
Desci correndo os degraus da varanda, com o coração leve, e me joguei nele. Ele me girou no ar, rindo alto, como se o mundo inteiro tivesse parado só pra g