A festa de casamento se alongava pelos jardins do solar Ferraz. As luzes faiscavam nas árvores, os músicos ainda tocavam suas melodias suaves, e os convidados brindavam à felicidade dos recém-casados. Isabel sorria, um pouco cansada, mas feliz como nunca havia imaginado. Gabriel, sempre atento, a mantinha próxima, protegendo-a do excesso de cumprimentos e cochichos.
Teresa observava de longe, com os olhos marejados de emoção. Via a filha finalmente livre do peso do passado e ao lado de um homem que a tratava com respeito. O casamento, mais do que um evento social, fora uma vitória sobre todas as dores que Isabel havia carregado.
À medida que a noite avançava, os convidados começaram a se despedir. Abraços, votos de felicidade, promessas de visitas futuras foram trocados, até que, pouco a pouco, os jardins voltaram a ficar silenciosos. Restaram apenas as luzes amareladas e o som distante dos grilos noturnos.
No quarto preparado especialmente para eles, o ambiente parecia outro mundo. A