A manhã chegou devagar, tingindo os vitrais do solar com tons de ouro e lilás. Isabel despertou ainda com o coração acelerado, como se o beijo da noite anterior ainda estivesse gravado em seus lábios. Levou alguns instantes para se lembrar de que aquilo realmente acontecera — não fora um sonho, não fora um devaneio. Gabriel havia beijado-a, e o mundo inteiro parecia diferente desde então.
Ao descer para o café da manhã, encontrou-o já sentado à mesa, como sempre. Mas havia algo novo no ar. Os olhares que trocaram foram mais longos, mais conscientes, como se ambos carregassem o peso doce de um segredo.
— Dormiu bem? — ele perguntou, servindo-lhe uma xícara de chá.
Isabel sorriu, corando levemente.
— Dormi… diferente.
Gabriel deixou escapar um leve sorriso, discreto, mas impossível de esconder. O silêncio que se seguiu não foi incômodo, mas cheio de significados, como se cada palavra pudesse quebrar o frágil encanto que ainda pairava sobre eles.
Naquele dia, decidiram cavalgar até uma c