Quando o carro encostou diante da nova casa, o céu já se tingia em tons de laranja e lilás. O sol de fim de tarde espalhava reflexos suaves sobre o jardim bem cuidado, e Elise, ao descer com o pai e o avô, sentiu-se tomada por uma emoção quase indescritível: aquela não era apenas uma casa, era o início de uma vida nova.
A porta da frente estava aberta, e de dentro vinham sons de panelas sendo arrumadas e o murmúrio de vozes femininas. Elise sorriu.
— Aposto que a mamãe e a vovó já reviraram a cozinha inteira. — disse, ajeitando as sacolas.
O pai riu. — É o território delas. Quando percebermos, já vai estar tudo impecável.
Ao entrarem, foram recebidos pelo aroma de produtos de limpeza misturado ao cheiro suave da madeira dos móveis novos. Na sala, a avó dobrava delicadamente algumas toalhas de mesa que haviam trazido, enquanto a mãe organizava os pratos recém-lavados no armário.
— Finalmente chegaram! — exclamou a mãe, enxugando