O sol da tarde dourava as ruas de Silver Spring quando Elise entrou no carro com o pai e o avô. O motor rugiu suavemente e, pela janela, ela observava o cenário que parecia se renovar a cada quilômetro. Sua vida estava mudando em um ritmo tão rápido quanto as imagens que passavam diante de seus olhos.
— Então, filha — disse o pai, ajeitando os óculos enquanto dirigia —, por onde começamos?
— Pelas telas, papai. — Elise respondeu sem hesitar. — Primeiro preciso garantir que Mel e Sebastian fiquem seguros. Depois, a gente passa na loja de eletrodomésticos.
O avô resmungou, mas com carinho:
— E pensar que no meu tempo a gente criava gato e cachorro solto no quintal... Agora é tela, é creche, é veterinário... Mas eu entendo, é outra época.
Elise riu, divertindo-se com a teimosia bondosa dele.
— Vovô, se fosse só quintal fechado, tudo bem. Mas aqui é cidade, e eu não quero perder meus filhos de quatro patas. Eles já sofreram demais, a