Três meses haviam passado desde a revelação do ultrassom. A vida corria tranquila, pontuada de pequenas alegrias que enchiam os dias de Elise e Paul.
A barriga de Elise já despontava, firme e linda, denunciando os quatro meses de gestação. Quando caminhava pelos jardins da nova casa, Paul não se cansava de admirar a cena: ela sorrindo, acariciando o ventre, como se já conversasse com os filhos.
— Não cabe em mim essa felicidade, Elise. — dizia ele, quase todos os dias, enquanto se aproximava para abraçá-la por trás. — É como se o mundo tivesse finalmente encontrado o seu eixo.
Ela ria, encostando a cabeça no ombro dele.
— E pensar que tudo começou na nossa primeira noite de amor…
Paul beijava-lhe os cabelos, com a certeza de que jamais conhecera paz maior.
A casa em que viviam agora ficava próxima da propriedade dos pais dele, ampla e arejada, com um jardim verdejante que parecia feito sob medida para crianças. Paul já