O nome do hospital surgiu diante deles como um marco imponente. Hospital Albert Einstein, branco, moderno, de linhas elegantes e discretas. Mas para Samanta, a arquitetura desaparecia sob o peso do que se aproximava. Seu coração batia em descompasso, acelerado, como se quisesse escapar do peito.
Ela apertava os dedos contra a bolsa pequena que levava junto ao corpo, sentindo a pele fria das palmas. Quando entrou pela porta de vidro, o ar-condicionado pareceu ainda mais gélido para ela, não apenas na temperatura, mas no simbolismo. Hospitais sempre pareceram frios, apesar de todo o conforto que os mais modernos e sofisticados poderiam ser, com aquela atmosfera que misturava silêncio, medo e esperança num coquetel amargo.
Alberto caminhava ao seu lado, discreto, vigilante. De tempos em tempos, sua mão buscava a cintura dela com delicadeza, como se soubesse que ela estava à beira de colapsar. E estava. A cada passo em direção à recepção, o nó em sua garganta aumentava.
— Boa tarde, em qu