O som suave das cordas de um violino deslizava pelo ar frio da tarde como se dançasse com o vento. O jardim da casa de Samanta estava transformado em um cenário de sonho, envolto em flores brancas, cortinas leves que tremulavam com a brisa e pontos de luz dourada que pendiam em fios quase invisíveis sobre a pérgola, criando um brilho que lembrava vagalumes encantados.
O aroma era uma mistura deliciosa de jasmim frescas, rosas brancas e madressilvas, despertando os sentidos e deixando o coração de Samanta ainda mais acelerado.
Pétalas decoravam o caminho que ela percorria com passos firmes e emocionados, sustentada pelo braço do pai, Joaquim, que estava sério, tentando conter o choro. Ao redor, os poucos e preciosos convidados, Amélia, Ícaro, Maya, Vitório, Lucila, Laura, estavam de pé, com os olhos fixos na noiva.
E lá estava ele. Alberto Darius.
Parado sob a pérgola de madeira clara, adornada com ramos de oliveira e flores de cerejeira brancas, ele parecia um personagem saído de uma