Um mês depois...
Alberto
O cheiro de pipoca doce envolvia o ambiente com o aconchego típico dos fins de tarde preguiçosos. A lareira crepitava suavemente, lançando sombras dançantes sobre as paredes da sala de estar, e o som de uma comédia romântica antiga preenchia o fundo com trilhas leves e risadinhas sincronizadas de personagens que fingiam estar embriagados de amor.
Alberto estava deitado no grosso tapete de lã da sala da casa deles, com Samanta aninhada contra o peito dele, envolta em um cobertor felpudo que cobria até os ombros. A chuva recente ainda molhava os parapeitos da varanda, e o frio do inverno escorria pelas janelas, mas ali dentro, o clima era quente e macio.
Afastado do trabalho desde que teve alta, para se recuperar totalmente, ele ainda não havia voltado para a Acrópole, Sam não deixava. E ele, por mais viciado em trabalho que fosse, sabia que o trabalho poderia esperar, então concordou sem discutir.
O som do batimento cardíaco dela, o cheiro dos cabelos perfumado