Sam ajeitou o laço de seda rosa claro logo abaixo de seus seios, agora redondos e cheios, já se preparando para a maternidade. A seda francesa branca do vestido envolvia sua barriga com doçura e elegância, contornando o ventre como se a própria vida fosse um presente embrulhado com o tecido mais fino da Terra.
Ela se olhou no espelho emoldurado por rosas e folhas verdes. O reflexo que viu devolveu-lhe um sorriso ternamente sereno. Dois meses atrás, ela achou que seu mundo estava desabando, e não poderia ser reconstruído facilmente. A notícia de que tinha câncer no fígado, que ainda latejava no fundo de sua consciência, quase a quebrou por completo.
Quase. Mas não quebrou.
A força veio do amor, o amor por sua filha, amor por Beto, que a amava com o tipo de devoção que são descritos em contos eternos. Era isso que a manteve de pé, firme e forte, enfrentando essa doença com coragem e muita determinação.
E agora chegou o dia, o dia em que finalmente se entregaria ao elo mais sagrado entre