Sam
O som constante dos teclados, os telefones tocando intermitentemente, e o murmúrio das vozes no corredor, preenchiam o ambiente da Cosmus com uma energia constante e agitada. Samanta caminhava de volta à sua sala com passos lentos, segurando a pasta com as atualizações da campanha automotiva da Caien, mas sua mente não acompanhava o ritmo do corpo.
Ela mal se lembrava da conversa com a cliente mais cedo. A mulher que estava representando a empresa automobilística era muito mais simpática do que o os dois diretores com quem ela teve que jantar anteriormente.
Tudo parecia turvo para ela, como se estivesse mergulhada em um nevoeiro denso que se recusava a dissipar.
Guilherme.
O nome pesava no fundo da sua mente como uma espada velha e enferrujada, que teima em permanecer ferindo aos destroços de suas lembranças.
Ela entrou em sua sala, fechou a porta e encostou-se por um instante, sentindo o leve desconforto que sempre acompanhava suas náuseas pós refeições. Passou as mãos pelo vent