Guilherme
O restaurante era sofisticado, discreto, com iluminação suave e música instrumental ao fundo. Guilherme entrou como quem não pretendia chamar atenção, vestindo uma camisa de linho azul clara dobrada nos antebraços, calça jeans e um relógio discreto. Seus olhos varreram o salão até encontrarem o que procurava, Samanta.
Sentada a uma mesa de canto, próxima à janela, ela sorria educadamente para uma mulher mais velha de blazer branco, aparentemente uma cliente importante. Guilherme não se aproximou, ainda. Para que funcionasse como um encontro ao acaso, tinha que ser cuidadoso. Sentou-se no balcão e pediu um café, sem tirar os olhos dela.
A conversa durou cerca de vinte minutos até a cliente se levantar, agradecendo Samanta com dois beijinhos e um elogio sobre a campanha que estavam prestes a lançar. Sam ficou mais alguns segundos sentada, revisando algo no tablet em suas mãos delicadas.
Estava na hora de se aproximar.
Ele se levantou, respirou fundo e atravessou o salão com pa