Ela engoliu seco, os lábios tremiam. Algo estava errado, muito errado. Por que ele não olhava para ela? Por que ele não a abraçava?
— Não fala assim — sussurrou, as palavras quase inaudíveis. — Por favor.
Mas ele continuou como se não a ouvisse.
— Sempre quis uma família, você sabe bem... Sempre sonhei com filhos, irmãozinho e irmãzinha correndo pela casa. Mas… agora… — ele levantou o olhar, e naquele instante Sam viu a barreira invisível que se formou. A falta de esperança.
O sufoco apertou seu coração. Levantou uma mão fraca, tocou o uniforme dele, agarrando sua identificação. Era real; era de carne e osso. Mas seus olhos diziam adeus.
— Eu te amo, Sam — disse ele. — Você sempre soube. Mas… não consigo imaginar nossa vida daqui para frente. Receber essa notícia… é como se tudo que eu planejei me fosse arrancado. Eu não sei… eu não sei se consigo continuar.
As palavras dele foram lâminas cortando seu peito. Ela sentiu o sangue quente escorrer na alma.
— Então… é isso? — a voz saiu ro