Alberto
O tilintar das sacolas embaladas em cetim e papel rosa claro produzia uma sinfonia abafada a cada passo que Alberto dava. O motorista, Timóteo, caminhava um pouco atrás com o semblante resignado e os braços completamente ocupados com pacotes que ostentavam logotipos de marcas de luxo voltadas para bebês.
A loja especializada em artigos infantis, decorada com tons suaves de creme e dourado, mais parecia um santuário de ternura e promessas futuras.
Alberto Darius, acostumado a negociações de milhões e salas frias de conselhos administrativos, encontrava-se agora cercado por bichinhos de pelúcia, móbiles com melodias suaves e pequenas roupinhas que pareciam feitas para fadas recém-nascidas.
No entanto, o mais surpreendente era que ele não se sentia deslocado. Pelo contrário, o simples fato de ver Samanta andando entre os corredores, com os olhos brilhando e uma das mãos repousada sobre o ventre, o fazia sentir-se... inteiro.
Ela parou diante de um berço com entalhes em madeira c