Mundo de ficçãoIniciar sessãoAcusada injustamente de seduzir o meio-irmão, Stella vê sua liberdade ser arrancada e seu destino decidido por aqueles que deveriam protegê-la, até mesmo o namorado que a traiu. Quando seu pai, o único que parecia acreditar nela, finalmente a defende... é apenas para vendê-la em troca de um investimento que salvará a empresa. Forçada a aceitar um casamento arranjado para evitar um futuro ainda pior, ela acredita estar trocando um pesadelo por outro, até descobrir que seu marido será ninguém menos que o pai do homem que a traiu. Dominic, um homem forte, intenso, protetor e marcado pelo passado, desperta nela sentimentos inesperados e uma paixão que cresce silenciosa, mas afirma que tudo não passou de um mal-entendido e insiste que Stella se case com seu filho. Stella aceita, sem saber exatamente por quê. Agora, ela é esposa do homem que destruiu seu coração, mas é Dominic quem faz seu corpo e alma queimarem. Resistir a ele... é impossível.
Ler maisDominic Willians Meses depois… O sol estava se pondo em tons de dourado e laranja quando cruzei o jardim com o pequeno em meus braços. Havia algo sagrado naquele instante: a brisa leve balançando as folhas, o riso abafado de Stella vindo da varanda, e o som ritmado da respiração do meu filho adormecido encostado ao meu peito. O mundo parecia ter encontrado, finalmente, o seu eixo. Era como se todas as linhas tortas que nos trouxeram até aqui tivessem, enfim, formado um círculo perfeito. Um lar. Um recomeço. Meses se passaram desde o dia em que tudo mudou. Desde o sequestro. A loucura. A dor. Desde que Brandon foi preso, gritando como um homem que já havia perdido tudo antes mesmo de tentar tomar mais. Desde que Irina foi julgada e condenada por uma lista longa de crimes, de manipulação a tentativa de homicídio. Desde que Nolan foi localizado numa marina, tentando escapar do país em um barco clandestino, e acabou sendo extraditado em um avião militar. A justiça, embora tardia, che
Stella WilliansAs sirenes se aproximavam quando Dominic caiu nos meus braços. Ele estava pálido, fraco, com o sangue ainda escorrendo de um corte profundo na testa, mas mesmo assim, com um pequeno sorriso nos lábios ao me ver inteira. Um sorriso frágil, mas verdadeiro. Eu não conseguia parar de chorar. Não de medo, mas de alívio. De gratidão. Por ele estar ali. Por termos sobrevivido.Brandon estava inconsciente no chão, com o rosto parcialmente coberto de sangue, o corpo ainda armado, mas finalmente vencido. Todo o ódio que ele cultivou, toda a escuridão que havia engolido sua alma, terminava ali. Eu não sentia pena. Apenas um vazio. Um buraco fundo deixado por tanta dor, por tudo o que ele destruiu, por tudo que ele tentou nos tirar.Os policiais invadiram a cabana com violência, armas em punho, gritando instruções. As vozes eram duras, mas soaram como música nos meus ouvidos. Levantei as mãos devagar, ainda segurando Dominic com um braço, enquanto os paramédicos avançavam com agil
Stella WilliansEu estava exausta.O dia tinha sido uma montanha-russa de emoções e revelações. A prisão de Irina não tinha trazido a paz que eu esperava. Pelo contrário, Dominic ainda estava desaparecido, e o buraco em meu peito crescia a cada minuto.Voltei para casa tarde, na esperança de encontrar algum sinal dele. Mas o quarto estava vazio. Nenhum bilhete. Nenhuma mensagem. Nenhum sinal.Foi quando meu telefone tocou.Número privado.Atendi com o coração na garganta.— Alô?Ruídos. Estática.— …Stella… sou eu…— Dominic?! Onde você está?! Eu…— Ele vai até você… foge… Stella… foge agora!A linha caiu.— Dominic?! DOMINIC?! — gritei, mas era inútil.Corri para a porta, mas já era tarde.Brandon entrou como uma tempestade. Despenteado. Descontrolado. E com uma arma na mão.— Você destruiu tudo. — disse ele, trancando a porta atrás de si. — Por que você escolheu ele, Stella? Por que não eu?— Brandon, por favor… — comecei a recuar. — Pensa no bebê…— O BEBÊ?! — ele gritou. — Você ac
Dominic Willians O som da maçaneta girando ecoou, me deixando em alerta, pois se bem me lembrava, eles disseram que era o tal chefe que viria. Meus olhos, ainda pesados pelo sangue seco em minha testa, se ergueram devagar. Os mesmos dois homens enormes de antes abriram a porta e deram passagem para alguém que vinha por trás deles. O som dos sapatos ecoando no chão sujo fez meu estômago revirar. Mas não mais do que a imagem dele diante dos meus olhos.Brandon.Ali estava ele. Com o mesmo ar presunçoso que sempre teve e eu conhecia bem, os cabelos perfeitamente penteados, a postura ereta de quem acreditava estar no controle absoluto de tudo.— Olha só — disse ele, caminhando lentamente até mim, como se observasse uma peça rara de um museu. — O pai do herdeiro. O pai amoroso, atencioso, agora… assim. Rendido. Amarrado como um animal. — tinha sarcasmo em cada palavra que saía de sua boca.— Brandon… — minha voz saiu rouca. — Por quê?Ele riu. Um riso seco, curto. Frio.— Você ainda tem a
Dominic Willians O som dos sapatos batendo contra o piso frio ecoava pelo corredor estreito. Meus passos estavam apressados, o coração martelava no peito e minhas mãos estavam úmidas de ansiedade. Eu não dormia há horas. Desde a prisão de Irina, tudo dentro de mim gritava por Dominic. O vazio que ele deixou com seu silêncio era insuportável. E agora, mais do que nunca, eu sabia que ele não estava desaparecido por acaso.Ele havia tentado me contar algo no hospital. Algo sério. Mas preferiu respeitar meu momento ao lado do meu pai. E eu, cega pela dor, não percebi que talvez aquela fosse minha única chance de impedi-lo de caminhar direto para a armadilha.— Dominic… onde você está? — sussurrei, quase sem voz, ao sair do carro diante do prédio onde Adam mantinha seu pequeno escritório particular. Ele havia me enviado o e-mail com tudo o que entreguei à polícia para que Irina fosse presa, mas agora eu precisava dele de novo. Não para provas, mas para ação.Toquei a campainha três vezes.
Stella Willians A cada palavra dita pelos policiais, tentando fazer eu me acalmar, só fazia com que eu me irritasse mais. Eu já estava ficando desesperada, sem saber mais o que dizer para convencê-los a me escutar. Pela primeira vez, mostrei parte dos documentos que Adam me enviou, porém, agora, depois de muito eu reclamar, o delegado veio até mim. O delegado, visivelmente desconfiado, chamou dois investigadores para acompanharem o caso. — Se a senhora estiver certa... isso é grave. — ele disse. — Estou. E ela vai fugir. Preciso impedir isso. Corri para o hospital. Meu pai ainda permanecia em estado grave, mas estável. Eu apenas precisava vê-lo nesse momento. Entrei no quarto dele, dei um beijo em sua testa e sussurrei: — Prometo que vou cuidar disso, pai. Vou honrar o seu nome. Irina não estava lá, mas soube, por uma enfermeira, que havia passado no hospital e saído há pouco tempo. Disse que iria até o escritório resolver “pendências”. Meus instintos se acenderam como alarme





Último capítulo